quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Zé Valdo.
Por: Francisco Eugênio Costa Oliveira
Pode entrar! Essa casa é do Pai.
Com certeza Zé Valdo essas são as primeiras palavras ditas para quem te recebeu no teu encontro com a felicidade de estar sendo recebido aos sons das trombetas celestiais e os anjos uníssonos dizendo: “seja bem vindo à casa do Pai, a nossa única e verdadeira morada”.
Talvez estejas pensando e olhando para aqueles, que muitas vezes fecharam a porta na sua cara, hoje mais do que nunca você está se encontrando com as suas verdades e tendo consciência que a sua passagem pela vida humana teve uma razão e que sem dúvida essa razão foi os desígnios de Deus para que você fosse o caminho da sua própria libertação, sem antes mostrar para as pessoas aqui da terra, que somos todos iguais e  filhos de um só Pai.
É difícil definir a sua trajetória aqui no nosso convívio, porém o que sabemos é que muitas vezes não respeitávamos o seu mundo e a sua história, o descriminamos com palavras e atitudes, por muitas vezes o colocamos a margem da sociedade, como forma de livrar do “mal”, como fomos injustos e hipócritas, negando ao próximo o direito de ser cidadão, pois não entendíamos que você era um fruto de Deus e que a razão da sua existência era prova de que Deus existe e Ele coloca a nossa disposição razões que nos faça construir uma sociedade fundamentada na justiça Divina.
Não seremos hipócritas mais uma vez em querer santificá-lo, nem tão pouco ver você como um poço de virtude, mas fundamentar uma reflexão que nos leve a justificar a nossa própria razão de ser filho do Homem que nos deu vida e que morreu em virtude da discriminação, da incompreensão, da falta de respeito, do desamor e da desesperança e hoje tomamos às mesmas atitudes diante das pessoas que precisam ou que vivem alheias as normas e diretrizes imposta por uma sociedade cega e alicerçada na obscuridade do Amor de Deus.
Zé Valdo esse é um momento que precisamos nos despir dos nossos orgulhos e do nosso falso discurso que somos tementes a Deus, precisamos rever nossas atitudes diante do próximo, precisamos nos inspirar na caminhada de Cristo quando conviveu e curou leprosos, numa demonstração prática que todos nós somos iguais, independente das condições sociais em que vivemos.
Zé Valdo muitas lições você nos deu e com a sua partida ficará a sua trajetória de vida, para que a sociedade que você ajudou a construir e a mesma que o estratificou, refletir e buscar as verdadeiras transformações que nos leve ao encontro dos caminhos de Deus.
Que Deus o receba e junto a Ele você nos ilumine e nos faça um instrumento da paz e da busca da igualdade entre homens e mulheres.

Vá em paz. . . e obrigado pelas lições, que nos levaram a essa reflexão.

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